Como
se 2016 não tivesse sido longo o suficiente, o último minuto do ano vai durar
um segundo extra para compensar o tempo perdido com a desaceleração da Terra,
dizem os cronometristas.
Países
que usam o Tempo Universal Coordenado (UTC) – várias nações da África
Ocidental, Grã-Bretanha, Irlanda e Islândia– somarão o segundo extra durante a
contagem regressiva de meia-noite para 2017. Isso fará com que o minuto final
do ano tenha 61 segundos de duração.
Para
outros países, o tempo será determinado pelo fuso horário em que vivem, em
relação ao UTC.
"Este
segundo extra, ou segundo intercalar, torna possível alinhar o tempo
astronômico, que é irregular e determinado pela rotação da Terra, com o UTC,
que é extremamente estável e é determinado por relógios atômicos desde
1967", afirmou o Observatório de Paris em um comunicado.
O
observatório abriga o Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação
da Terra (IERS), responsável pela sincronização do tempo.
O
ajuste é necessário porque a rotação da Terra não é regular – às vezes acelera,
às vezes desacelera, embora esteja diminuindo gradualmente no geral.
Isto
é causado por fatores que incluem as forças gravitacionais da Lua sobre a
Terra, que dão origem às marés oceânicas.
O
resultado é que o tempo astronômico – baseado na duração de um dia na Terra–
gradualmente fica fora de sincronia com o tempo atômico –que é medido por cerca
de 400 relógios atômicos super precisos espalhados pelo mundo.
Quando
os segundos intercalares foram introduzidos, em 1972, 10 segundos tiveram de
ser adicionado ao UTC, e depois disso 1 segundo passou a ser adicionado, em
média, a cada 18 meses, de acordo com o Instituto Nacional de Padrões e
Tecnologia (NIST) do Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
O
último segundo adicionado foi em 30 de junho de 2015. (Fonte: AFP)
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