FUNORTE FACULDADES DE JANAÚBA

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FUNORTE JANAÚBA... Somos referência... FUNORTE JANAÚBA (38)38213427 (38) 998776968 Endereço: rua Rodolfo Soares de Oliveira, 234, Vila São Vicente, Janaúba/MG.

“É DAQUI QUE SUSTENTO A MINHA FAMÍLIA”, DISSE CATADORA

Foto Daniel Cristian
Suely Alves, catadora de materiais recicláveis há quatro anos, percorre as ruas da cidade para recolhimento dos resíduos.
PORTEIRINHA (por Daniel Cristian de Jesus Silva*) – A mais nova na equipe é a catadora Patrícia Maria de Jesus, 34 anos, que estudou até a sétima série. Casada e mãe de quatro filhos, a catadora relembra que o início neste trabalho foi há dez anos e não acreditava que seria possível extrair desse trabalho a renda necessária para o sustento da família. Hoje, ela é associada da Ascarp e trabalha no galpão no processo de triagem do lixo reciclável. “Sou muito feliz neste trabalho, que já realizo há tanto tempo. Não pretendo sair dele. Hoje, é daqui que tiro toda a renda para o sustento da minha família”, comenta.
Patrícia revela que a coleta seletiva não contribui apenas com os rendimentos financeiros, mas, também com o reconhecimento como uma profissional e com a segurança no manuseio dos materiais. “Antes éramos tratados como animais. As pessoas não contribuíam com a gente e a coleta era difícil, porque as pessoas misturavam todos os materiais. Muitos colegas, e até mesmo eu, nos acidentávamos por muitas vezes com vidro. Hoje, somos tratados como gente”, desabafa Patrícia. Trabalhando de segunda-feira a sexta-feira, ela chega a ter uma renda de R$850,00 por mês.
De acordo com o Secretário Municipal de Meio Ambiente e Turismo, o biólogo Elissandro Nunes de Brito, cerca de 14 (quatorze) mil toneladas de lixo são produzidas todos os dias pelos porteirinhenses, resultando, em média, 420 mil toneladas todos os meses (conforme dados do estudo gravimétrico realizado pela empresa AMBTRI, em 2015). Com a atividade dos catadores, em torno de 1 (uma) tonelada/dia são encaminhados para o galpão da associação, contribuindo com a durabilidade do espaço do lixo convencional. Por essa razão, a coleta seletiva se tornou uma alternativa de inúmeros benefícios.
O secretário afirmou que no município os incentivos acontecem de muitas formas. Na estrutura, disponibilizando um caminhão ou trator para o transporte dos materiais recicláveis coletados, um galpão alugado, com cozinha e banheiro, com pagamentos das despesas de água e luz consumidas. Ações de conscientização da população da importância de separar e participar da coleta compõe o plano de ação criado. Além disso, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), presta assistência a esses trabalhadores com a doação de cestas básica mensais, uniformes e materiais de proteção. Os trabalhadores ainda são inscritos no programa “Bolsa Reciclagem”, uma iniciativa do Governo do Estado que, trimestralmente, disponibilizam R$11 mil a associações mineiras.
Desta forma, os catadores começaram, em maio deste ano, a expandir a área de coleta para mais três bairros da cidade. Segundo o presidente Isaías, a expectativa é chegar a um novo bairro a cada dois meses, até que o serviço cubra 100% da cidade e executado ainda nos distritos. Atualmente, percebe-se, que o volume de matérias vem aumentando gradativamente, e isso reflete na participação da população.
Maria Aparecida Santos, moradora da rua Américo Mendes da Silva, no bairro Renascença, é uma das donas de casa que contribui com a coleta seletiva. Em seu bairro, os catadores passam todas as segundas-feiras pela manhã. Ela garante que o durante a semana anterior, o seu trabalho doméstico passou a compor mais um item: a separação dos materiais. “Desde que fiquei sabendo da implantação da coleta seletiva no meu bairro tratei logo de contribuir. Aqui em casa, separamos o lixo reciclável do orgânico. É uma tarefa simples, rápida e que facilita a vida dos catadores”, afirma.
Assim como a senhora Alzira, a jovem Patrícia e o Isaías Maximiano, outros tantos catadores associados têm o emprego, o sustento e a renda familiar graças ao consumo de outras famílias, que muitas das vezes, ao depositarem os materiais recicláveis nos coletores, nem sabem do ato de solidariedade e cidadania que exercitam. (*Estudante do 3º período de Jornalismo, em Montes Claros)

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